Dissertação - Viviane da Silva Lemos

A relação dos estilos de aprendizagem e da motivação para aprender : uma análise dos discentes de Ciências Contábeis

Autor: Viviane da Silva Lemos (Currículo Lattes)

Resumo

A aprendizagem dos discentes do curso de Ciências Contábeis é comportada por princípios e conceitos básicos que são exibidos neste estudo através da perspectiva da teoria da aprendizagem experiencial. Esta teoria contempla não só a questão da aprendizagem relacionada diretamente ao desempenho, mas busca de uma maneira mais ampla, observar o desenvolvimento dos processos afetivos, perceptivos, cognitivos e comportamentais, presentes ao longo do percurso da construção do conhecimento que vem apresentado de forma cíclica. Na trilha por este caminho, diversos fatores podem ser considerados componentes dos fatores determinantes da aprendizagem, a proposta deste trabalho foi analisar, em conjunto a motivação para aprender e o conceito de estilos de aprendizagem, fatores que encontram-se epistemologicamente conectados de modo a contemplar e validar também as características de experiências e estímulos internos e externos como parte deste processo, para que assim, a partir do conhecimento adquirido, o mesmo consiga implementá-lo, aplicando-o em situações-problema de modo criativo e organizado. O instrumento de coleta de dados foi composto por um bloco de perguntas que identificavam as características do respondente e de outros dois blocos que adotaram o KLSI v. 3.1 revisado em Kolb (2005), para a detecção dos estilos de aprendizagem e o (EMA - U) de Boruchovitch e Neves (2005) que trata da motivação para aprender, tendo sido o mesmo aplicado em sala de aula de forma impressa no período de 27 de setembro a 23 de outubro de 2018. A pesquisa classifica-se como descritiva, tendo sido utilizada para a análise dos dados a abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 118 discentes de instituições de ensino superior públicas e particulares, sendo 62,71% do sexo feminino, com idade média de 24 anos para os ingressantes e de 30 anos para os concluintes. Os resultados evidenciam que a maior parte dos alunos é do estilo convergente (46%) e assimilador (41%) e têm a motivação mais voltada para a orientação intrínseca. Não foi possível identificar a correlação entre as variáveis: Estilos de Aprendizagem e Motivação para Aprender, o que significa que, por mais que sejam fatores determinantes do processo de aprendizagem, não sofrem ou recebem influência significativa entre si. Pode-se afirmar, porém a relação entre a idade do respondente e sua orientação à motivação extrínseca. Pelo fato de a pesquisa ser feita através de amostra por conveniência, não é possível a generalização dos resultados, deixando-os restritos à amostra pesquisada. Entende-se que os resultados desta dissertação podem agregar à literatura o aprimoramento dos constructos que tratam da motivação e dos estilos de aprendizagem, além de fomentar a pesquisa relacionada a pluralidade de indivíduos em sala de aula, fator importante na construção de materiais didáticos, políticas e estratégias de ensino que tenham como foco a evolução qualitativa da aprendizagem no ensino superior em ciências contábeis. Estudos futuros podem adotar diferentes estratégias metodológicas e/ou envolver amostras mais amplas, por meio de questionário online ou ainda, acompanhar os discentes no início e no fim do curso.

TEXTO COMPLETO

Palavras-chave: ContabilidadeEnsino superiorEnsino e aprendizagemAprendizagem experiencialEstilo cognitivoMotivação do aluno